Acredito que boa parte da população de Patos de Minas conheça o Parque do Mocambo.
O parque possui uma área de quase 18 hectares (180 mil metros quadrados), uma biodiversidade maravilhosa e imensa capacidade de público para eventos. Para os que não sabem, o parque é um patrimônio do nosso município, ou seja, é um bem tombado que, em teoria, deveria ser objeto de proteção e preservação.
Creio que todos que o conhece sabem da potencialidade cultural, ambiental, social, turística etc. que este pode oferecer e que outrora já ofereceu. Lembro-me de, quando criança, assistir grandes peças de teatro (do memorável Gruta), visitar o extinto zoológico e divertir em seus brinquedos lá existentes. Infelizmente, já há alguns anos, este está abandonado pelo poder público ou tem sido apenas alvo de campanhas, intenções e tentativas de revitalizações frustradas.
Acontece que, no final de março, em uma reunião ordinária do Conselho Consultivo Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Patos de Minas (COMPHAP), do qual sou membro, fomos agraciados por um pré-projeto de revitalização do parque encabeçado pela diretoria da COPASA. A responsabilidade da COPASA por este projeto se deu em função de um acordo entre esta e a prefeitura da cidade quando da renovação do contrato entre ambas por mais 30 anos de prestação de serviços de água e esgoto. O que levou os diretores da COPASA a nos apresentar seu pré-projeto foi o fato do parque ser um bem tombado, como dito anteriormente. Uma das funções do Conselho de Patrimônio é averiguar sobre quaisquer alterações de um bem tombado e dar parecer favorável ou não. Infelizmente o conselho, no que diz respeito às modificações ou intervenções solicitadas, não tem poder decisório. O conselho é apenas consultivo e não deliberativo, como gostaríamos. Cabe ao executivo decidir se está ou não de acordo com o que foi apresentado. Esta adversidade, todavia, não priva o conselho, nem tampouco a sociedade em geral de participar da elaboração de projetos tão importantes como este, pedido este feito inclusive pelo responsável da apresentação aos conselheiros no dia.
Algumas das propostas apresentadas serão citadas abaixo para que críticas e sugestões possam enriquecer o projeto: criação de um conselho gestor (envolvendo toda população); pedalinhos na lagoa; reforma das quadras e do barzinho; iluminação pública em todo parque; academia ao ar livre e construção de pistas de caminhada, skate e bicicross; melhoria das portarias; vigilância constante; instalação de um centro de educação ambiental e cultural com salas para associações em geral; criação de um anfiteatro para eventos em geral etc.
Aos que tiverem boas idéias para incrementar o projeto, favor me enviar por e-mail (pmarquesp@gmail.com). Buscaremos encaminhar aos responsáveis através de nossa associação (AMAPATOS) e do conselho de patrimônio. É nosso direito cobrar dos poderes e é nosso dever, enquanto cidadãos, participar das mudanças que nos envolvam.
6 comentários:
Boa tarde Pablito!
Achei muito louvável a idéia do blog e faço votos que vc prossiga com seu intento, nos enriquecendo com sua cultura e claro, aprendendo a cada dia com a arte da escrita, que também é uma forma de libertação!
Qdo puder, visite meu blog tb!
Érica
http://blogcinzadashoras.blogspot.com/
Olá Érica,
Agradeço imensamente sua participação aqui no blog. Espero também contar com sua colaboração e divulgação. Seu blog já está em minha lista de favoritos.
Abraços,
Pablo, houve uma época em que o Mocambo era um de meus locais preferidos para fotografia. Com o passar do tempo, fotografar (n)o parque tornou-se perigoso, por causa de jovens contraventores que passaram a frequentar o local, seja para roubar, seja para consumir drogas. Depois que tentaram roubar a câmera de uma fotógrafa daqui, não mais voltei ao Mocambo. Que o parque seja devolvido à população.
Lívio,
É realmente uma pena todos os problemas em torno do parque. É uma lástima algo tão belo estar fadado a esse tipo de situação. Sim, que nos seja devolvido.
Assim como jogar pipoca para os peixes na Lagoa da Rodoviária, as tardes de visita ao velho leão magrinho do zoológico (que nem sempre aparecia) fizeram parte da infância e da vida de muitos patenses. Pelo menos da minha. Torço para podermos contar novamente com o espaço (sem o leão, coitado). Os carentes de cultura e de um lugar aberto para curtirem com o namorado/a, ou bicho de estimação, filhos, amigos, etc, agradecem.
Sim Fê,
O que todos queremos é só o que o ambiente pode nos proporcionar.
Um beijo...
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